Analisando-se o desempenho das exportações de carne de frango in natura no primeiro trimestre dos últimos seis anos (ou seja, desde 2007, ano que antecedeu o surgimento da crise econômica mundial) é possível concluir que em 2012 o volume embarcado e a receita cambial obtidos apresentaram os melhores resultados de todos os tempos. Mas, sem dúvida, há problemas à frente.
Lógico, um trimestre é tempo insuficiente para demonstrar tendências. Mas em anos anteriores, o período foi um sinalizador do futuro do setor. Deve ser, também, em 2012. E o que se observa, neste caso, é que a receita evoluiu timidamente em relação a 2011 - menos de 2%, configurando resultados bem diferentes dos observados em 2008 (+47% no trimestre), 2010 (+25%) e 2011 (+30%).
Um dos fatores para esse desempenho mais lento está na quantidade exportada, que já não evolui com a mesma exuberância anterior. Assim, enquanto em 2008 e 2011 os volumes exportados no primeiro trimestre aumentaram, respectivamente, 12,5% e 10%, neste ano o avanço ficou aquém dos 4,5% (naturalmente, desconsideram-se, nesta análise, os resultados registrados no auge da crise, em 2009, pois foram todos negativos).
Mas o fator-chave responsável pelo relativamente fraco desempenho das exportações em 2012 está no preço médio. Que após haver aumentado 31% em 2008, 22% em 2010 e 18% em 2011, agora registra queda de 2,63% em relação ao ano passado.
Essa queda é muitíssimo menor que a observada no primeiro trimestre de 2009, quando o preço pago pela carne de frango in natura brasileira recuou mais de 18% em relação ao ano anterior. Mas denota que o mercado externo está pouco propenso a pagar preços melhores. E isso, aliado à baixa expansão no volume exportado, antecipa incremento próximo de zero nos resultados deste ano.
Fonte: www.avisite.com.br
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